Somos uma empresa vertical que produz e comercializa tecidos Cardados e Penteados em Lã e em misturas com Lã.
A Albano Morgado, SA visa proporcionar a plena satisfação das necessidades e expectativas dos clientes, procurando garantir o cumprimento de todas as suas especificações e assegurar que não haja desvios das amostras escolhidas.
Simultaneamente, temos em consideração os pontos de vista de todos os stakeholders, permitindo desenvolver um conjunto de relações que garantem a satisfação dos nossos clientes.
Na nossa empresa, os valores são o alicerce de tudo o que fazemos.
Guiados por décadas de experiência e dedicação, trabalhamos todos os dias com um compromisso firme com a qualidade, a ética e a satisfação do cliente. Estes princípios refletem quem somos, onde estamos e para onde queremos ir.
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Desde 1927, permanecemos fiéis à nossa identidade, trabalhando com seriedade, rigor, ética, competência e dedicação.
Temos como Missão produzir tecidos cardados e penteados de boa qualidade, de acordo com as exigências do mercado, no prazo estabelecido e a um preço competitivo, de modo a superar as expetativas do cliente.
Guiados por uma Visão centrada nos clientes, a nossa satisfação começa com a satisfação do cliente.
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Com uma área superior a 15.000 m², a empresa possui um parque de máquinas de alta tecnologia e equipamentos modernos de laboratório. O nosso Controlo de Qualidade é um processo contínuo, que se estende desde a compra e receção das matérias-primas até à obtenção de um produto acabado de qualidade indiscutível.
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Sempre com o foco na qualidade dos nossos produtos, procuramos constantemente adaptar-nos à realidade global, assim como às necessidades dos nossos clientes.
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Enquanto empresa vertical, gerimos e monitorizamos todas as etapas da produção, tornando possível melhorar os prazos de entrega.
Para consultar a nossa brochura, clique aqui.
A Albano Morgado, S.A. tem sabido ajustar-se à realidade do País e do Mundo.
Mais recentemente, a empresa está a proceder à redefinição do lay-out ao nível do Armazém de Produto Acabado, Ultimação e Tinturaria, que prevê a substituição de equipamento mais antigo por máquinas mais avançadas tecnologicamente, não só ao nível da qualidade de processamento mas também com menores impactos ambientais, nomeadamente ao nível energético.
Os nossos tecidos tradicionais são o burel, a samarra e o surrobeco.São fazendas que eram usadas para abrigar os pastores do frio e da chuva.Pesadas, com uma densidade de fios muito grande, espessos e muito apertados, tornando-as quentes e impermeáveis.O burel, a samarra e o surrobeco existem desde o início da Empresa e foram sendo ajustados à realidade atual, nomeadamente no que diz respeito às cores e padrões.
Contudo, o seu conceito básico é exatamente o mesmo de há 94 anos. Sabemos produzi-lo desde há muito tempo e hoje fazemo-los como mais ninguém.
Somos por isso uma Empresa reconhecida pela qualidade dos seus tecidos tradicionais, com flexibilidade para produzir fio cardado de um número métrico 3000 ao 18000.
A Albano Morgado, S.A. é um legado que recebemos e que queremos preservar, com rigor, com entrega e com visão. Sem dúvida, um legado que queremos depositar nas mãos de mais uma geração.
Estamos convictos de que isso acontecerá, porque não deixaremos de apostar na qualidade superior e na diferenciação dos nossos tecidos. Aposta esta, que tem sempre em mente as necessidades dos nossos clientes, que são a nossa razão de ser, com respeito pelo rigor e honestidade.
As pessoas são a alma e a razão de ser da Empresa, que assume a sua responsabilidade social e se empenha no futuro.Futuro que se faz caminhando a seu lado…
- Albano José Morgado Rodrigues
Iniciou-se assim um novo ciclo. Marcado por um forte investimento em instalações, nomeadamente sociais, equipamentos e novas opções de produção. Apostámos assim na relação com todos os colaboradores e clientes, e na qualidade do tecido, o que permitiu relançar a empresa, vencendo os tempos da forte crise, entre 2008 e 2015.
Aumentando consideravelmente o volume de negócios, cimentámos a nossa internacionalização, passando a vender significativamente para o mercado externo e para clientes cada vez mais sofisticados e exigentes.
Nos lanifícios cardados utilizamos essencialmente lãs mais grossas, muitas de origem nacional, contribuindo assim para a preservação da exploração e comercialização da lã portuguesa.
Entretanto, em 2003, a Empresa foi transformada em sociedade anónima, passando a designar-se Albano Morgado, S.A.; mas a totalidade do capital continuou a pertencer à família, o que ainda hoje se mantém.
Quando o nosso avô morreu, em 1976, era ainda o titular maioritário do capital da Empresa e mantinha-se designado gerente, embora a gestão mais efetiva viesse a ser assegurada pelo filho Aquiles Morgado e pelo genro Isaltino Rodrigues. Situação que se manteve durante cerca de trinta anos, período em que a consolidação do negócio continuou consistentemente.
Até à década de 1980, tudo o que a Empresa produzia era comercializado em Portugal. Os clientes tradicionais eram os armazéns de tecidos, que depois os vendiam a quem confecionava vestuário, sobretudo os alfaiates e as modistas.
Depois do 25 de Abril de 1974 os tempos foram conturbados, muito por causa da pressão sindical que incidiu sobre o setor dos têxteis.
A Empresa foi então bastante afetada mas, após alguns anos menos bons, voltou a estabilidade e o crescimento, muito em resultado do espírito de equipa e dedicação da sua administração, bem como da melhoria das condições de vida das pessoas, que viram aumentado o seu poder de compra e a capacidade de consumir.
Por outro lado, a Empresa - apesar das construções entretanto feitas - laborou até 1970 em três pontos geográficos diferentes, o que não era funcional.
Foi por isso que nesse mesmo ano, com o apoio do filho Aquiles Morgado e do genro Isaltino Rodrigues, o nosso avô decidiu avançar com uma nova e ambiciosa construção e aquisição de novos equipamentos, o que permitiu concentrar toda a produção.
De 1970 a 1972 foi um tempo de grande investimento, um passo arrojado que muito contribuiu para a projeção nacional da Empresa.
A Empresa, que se iniciara com a tecelagem, tinha desde 1964 alvará para tinturaria e ultimação e, com a aquisição em 1970 de uma outra sociedade industrial de Loriga, passou a ser titular de alvará para cardação e fiação.
Conseguiu assim reunir a habilitação para as várias fases de produção de tecido de lã cardada, desde a cardação - abrir e desfiar as fibras da lã para permitir fabricar o fio - e fiação, passando pela urdidura e tecelagem, até à tinturaria e ultimação. Finalmente, a Empresa tornara-se vertical, reunindo as várias etapas de produção do tecido cardado, feito a partir da aquisição de lã lavada.
E como a Empresa deixou de estar dependente de terceiros, reunindo agora em si mesma todas as etapas produtivas, passou a deter o controlo total da sua fabricação e a poder garantir qualidade, variedade e um melhor serviço aos seus clientes.
Em 1958, o nosso avô constituiu sociedade com os quatro filhos: Ema da Conceição Almeida Antunes; Abílio de Almeida Morgado; Élia da Conceição Almeida Antunes Rodrigues (representada pelo seu marido Isautino Rodrigues); Aquiles de Almeida Morgado.
Foi a Albano Antunes Morgado, Lda., uma sociedade por quotas.
"Onde perdi o casaco é onde tenho de o encontrar”
O nosso avô, que tinha um espírito de aventura e de risco, era muito persistente. Nem tudo foi fácil e houve revezes. Na década de 1930 constituiu uma sociedade com outras duas pessoas. Não correu bem. Saiu e reiniciou tudo, desta vez sozinho. Inicialmente não teve sucesso. Mas persistiu, sem mudar de atividade. Dizia sempre sobre como aprender com os erros: "Onde perdi o casaco é onde tenho de o encontrar.”
Havia muitas dificuldades a ultrapassar
O início de qualquer atividade é sempre difícil. E foi-o sobretudo no tempo do chamado "condicionamento industrial”. Era um tempo em que a liberdade de empreender e a concorrência estavam legalmente muito dificultadas a quem quisesse criar novas indústrias, pois existiam limites ao número de empresas e de máquinas.O período de 1927 a 1958 foi de crescimento lento, embora consolidado. Foi nesta fase que o nosso avô construiu, junto à casa de família que, entretanto, erguera em Sarzedas de São Pedro, um pavilhão onde já tinha alguns teares mecânicos e algumas máquinas de ultimação; tudo no mesmo espaço.Mantivemos esse pavilhão, que é hoje o espaço fabril mais antigo da Empresa.
Os anos eram longos. A informação era lenta e escassa. E a moda era algo a que não se dava muita importância. Esta Empresa de lanifícios nasceu numa época em que o tempo andava devagar. Nasceu em 1927, pelas mãos de Albano Antunes Morgado.
Tudo começou com dois teares de madeira
Verdadeiramente, a primeira fábrica, onde tudo começou com dois teares de madeira, era a casa do nosso bisavô materno, em Sarzedas de São Pedro, Castanheira de Pera.Entretanto, o nosso avô Albano, que já exercia o comércio de lanifícios, veio de Vila Facaia, em Pedrógão Grande, para namorar e casar com a nossa avó Celeste; e ficou por Sarzedas de São Pedro.